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Todo mundo sabe para que serve (ou já usou) uma extensão elétrica: conectar aparelhos que estão distantes de uma fonte de eletricidade. Mas, para isso, ela tem uma tomada em uma ponta e um plug na outra. Então por que americanos estão comprando uma extensão que tem dois plugues?
E não são poucos americanos: a Comissão de Seguranças de Produto para o Consumidor dos EUA (CPSC, o “Inmetro” deles) teve que lançar um alerta público na última quinta (15) para que a população parasse de encomendar o acessório na Amazon — porque, obivamente, ele representa sérios riscos de choque elétrico.
Eis a justificativa para um produto que não faz o menor sentido: os consumidores acreditam que, no caso de um apagão, um dos plugues pode ser conectado a um gerador independente (a diesel, por exemplo) e o outro, na parede de casa, “levando” energia de volta à residência.
O CPSC teve de explicitar em seu comunicado que “quando a extensão é conectada a um gerador ou outra tomada, a ponta oposta passa a ter eletricidade. Se as hastes do plugue forem tocadas, podem causar choque ou eletrocução”.
Mas os problemas não acabam por aí.
“O fluxo de energia elétrica no sentido reverso ao fluxo típico contorna recursos de segurança implementados no sistema elétrico da casa e pode causar um incêndio. E o comprimento curto de alguns modelos também encorajam o uso do gerador perto de casa, o que pode causar intoxicação por monóxido de carbono”, diz o texto.
O órgão reforça ainda que essas extensões não respeitam nenhum dos códigos nacionais de segurança, como o NFPA70 (regulação criada pela Associação Nacional de Prevenção a Incêndios dos EUA).
Na Amazon americana, o produto podia ser encontrado por cerca de US$ 25 (aproximadamente R$ 131) — e algumas avaliações de consumidores mais conscientes as classificavam como “extensão sucicida”. O varejista está retirando o item do catálogo.
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UOL
