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Nasceu em Pequim, na China, o primeiro lobo-do-ártico clonado do mundo. Em junho, a filhote Maya veio ao mundo por meio de uma barriga de aluguel de uma cadela beagle. O anúncio foi feito no dia 19 de setembro pela Singen Biotech, uma empresa biotecnológica chinesa especializada em clonagem de animais de estimação.
De acordo com o site de notícias chinês Feng News, Maya foi criada a partir de células de um lobo-do-ártico e um embrião implantado no útero da beagle. O procedimento foi semelhante ao usado para criar a ovelha Dolly, na Escócia, em 1996.
A Singen Biotech esperou a filhote completar 100 dias de vida para anunciar seu nascimento, após ter a certeza que estava bem de saúde e sem complicações após o parto.
Apesar de lobos-do-ártico não estarem ameaçados de extinção, a empresa espera usar sua inovação para salvar outras espécies que estão nessa situação.
Mas a clonagem de animais ainda gera muitas controvérsias no mundo científico porque os ativistas afirmam que os animais envolvidos passam por cirurgia necessária, para a obtenção de células doadoras e transferir embriões.
Por outro lado, a clonagem de animais é uma forma de salvar espécies ameaçadas de extinção. Assim, o nascimento de Maya é considerado um marco na aplicação da tecnologia de clonagem.
“Iniciamos uma cooperação de pesquisa com Harbin Polar Clone em 2020”, explicou Mi Jidong, gerente geral da Sinogene Biotechnology.
A empresa criou 137 novos embriões, a partir de enucleação (o processo de remoção do núcleo de uma célula) e da retirada das células do ovário e células somáticas. Então transferiu 85 embriões para sete cadelas da raça beagle e uma delas gerou o filhote de lobo-do-ártico.
“Continuaremos a trabalhar nesta área. Na próxima etapa, podemos clonar animais selvagens raros que não sejam cães ou gatos… o que será mais difícil”,destacou Jidong.
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UOL
