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Se você tem pavor de baratas, já deve ter desejado ter uma arma letal capaz de exterminar esses insetos sem dó. E agora os cientistas da Universidade Heriot-Watt, no Reino Unido, atenderam ao seu pedido. Eles inventaram um equipamento a laser capaz de eliminar baratas usando inteligência artificial.
O estudo foi conduzido no ano passado e publicado nesta semana no periódico científico Oriental Insects. O pesquisador Ildar Rakhmatulin e os outros co-autores mostram como usaram um laser controlado por uma máquina em uma série de experimentos com baratas.
O equipamento foi capaz de detectar os insetos com bastante precisão, além de neutralizá-los e eliminá-los em uma distância de até 1,2 metros. Para desenvolvê-lo, os cientistas usaram um Jetson Nano – um pequeno computador da Nvidia projetado para dispositivos e softwares básicos de inteligência artificial.
Rakhmatulin explicou que a máquina processa o sinal digital de duas câmeras para determinar a posição da barata e transmite essa informação para um galvanômetro. Esse instrumento capaz de medir correntes elétricas define a direção para onde o laser deve atirar.
Os cientistas tentaram interagir com as baratas em diferentes níveis de potência. Com o laser de intensidade baixa, descobriram que poderiam influenciar o comportamento do bicho e fazê-lo voar; desta forma, as baratas poderiam ser treinadas para não se abrigarem em alguma área específica. Já com o laser em alta potência, os insetos foram eliminados.
Todos os dados e instruções da invenção foram disponibilizados gratuitamente no GitHub (plataforma usada por desenvolvedores para compartilhar projetos).
“É uma tecnologia relativamente barata. Se pode matar baratas, provavelmente também pode eliminar outras pragas na agricultura”, disse Rakhmatulin. A ideia é que o laser se torne uma alternativa plausível aos pesticidas químicos, que são prejudiciais à saúde e ao meio-ambiente.
No entanto, o protótipo precisa ser melhor desenvolvido antes de ser produzido em larga escala. O estudo explica que um laser com um raio menor seria mais eficaz para matar as baratas, mas há mais dificuldade na precisão de acertar o corpo do inseto.
Outro ponto é que o laser deve ser usado com cautela e não está pronto para uso doméstico. “Não recomendamos porque é um pouco perigoso. Lasers podem machucar não apenas as baratas, mas também os seus olhos”, afirma.
Antes, o alvo eram pernilongos
Essa não é a primeira vez que Rakhmatulin tenta acabar com um problema envolvendo insetos. Anteriormente, ele desenvolveu um projeto que matava pernilongos usando lasers e um Raspberry Pi (espécie de microcomputador completo, com todos os componentes).
Para aprender a identificar os mosquitos, a inteligência artificial recebeu treinamento com centenas de imagens; com fotos de pernilongos com cores diferentes; com ultrassom; e com imagem infravermelha termal. A ideia do projeto era que o equipamento ficasse em um drone, voando por aí e matando os mosquitos vetores de doenças.
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