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A Nasa está investigando uma falha técnica no Telescópio Espacial James Webb (JWST). Um de seus modos de observação específicos foi desativado — e pode não voltar a funcionar,
O James Webb possui quatro instrumentos, que totalizam 17 modos de observação. O problema atinge um dos mais importantes, o MIRI — Mid-Infrared Instrument ou “instrumento de infravermelho médio” que, segundo a agência espacial, é “acima de tudo o que esteve disponível para os astrônomos até hoje”
Equipado com uma câmera e um espectrógrafo, ele é usado para enxergar galáxias distantes ou recém-formadas, além de objetos menores e mais fracos, como asteroides. É o sensor do telescópio que opera no comprimento mais longo de luz, capaz de ultrapassar nuvens de poeira com mais facilidade.
“É aqui que a emissão de moléculas e poeira exibe assinaturas espectrais muito fortes”, escreveu Jonathan Gardner, vice-cientista sênior do projeto JWST. Essas assinaturas podem, por exemplo, revelar os tipos de moléculas que cercam algumas estrelas, reunidas em discos que eventualmente formam planetas.
O que rolou?
O MIRI tem quatro modos de observação. Em 24 de agosto, porém, “um mecanismo que suporta um destes modos, conhecido como espectroscopia de média resolução (MRS), exibiu o que parece ser um aumento de atrito durante a configuração para uma observação científica”, declarou a Nasa.
Esse mecanismo é como uma roda seletora, que permite aos astrônomos escolher entre comprimentos de onda curtos, médios e longos, ao fazer observações de MRS.
Um comitê de revisão de anomalias foi montado, para analisar o problema e descobrir como seguir em frente. Enquanto não encontram uma estratégia para contornar o problema, o modo segue pausado por tempo indeterminado.
A Nasa destaca que o telescópio é saudável, e que os outros três modos de observação do MIRI, bem como os demais instrumentos, estão operando normalmente.
Degradação inevitável
O James Webb já havia nos dado um susto em maio, quando foi atingido por um pequeno meteoróide, que danificou um dos 18 segmentos de seu enorme espelho, reduzindo muito levemente sua capacidade.
Durante sua vida útil, um telescópio espacial inevitavelmente é sujeito a diversos problemas, sejam físicos ou técnicos — difíceis de serem consertados daqui da Terra.
Por isso, a Nasa já espera que ele se degrade ao longo do tempo — como vemos acontecer com o Hubble nos últimos tempos. Mas ainda temos, pelo menos, dez anos de incríveis observações do universo pela frente.
Nosso mais poderoso olho no espaço, o James Webb nos surpreende quase toda semana com imagens e observações científicas impressionantes, seja de planetas do Sistema Solar, estrelas, exoplanetas e galáxias distantes.
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