Akira Toriyama, criador da franquia “Dragon Ball”, morreu aos 68 anos no dia 1º de março. A informação foi divulgada na madrugada desta sexta-feira (8) por estúdios ligados ao artista.
“Lamentamos profundamente que ele ainda tivesse vários trabalhos em andamento com grande entusiasmo. Além disso, ele teria muito mais a realizar”, diz a nota.
“Ele deixou muitos títulos de mangá e obras de arte para este mundo. Graças ao apoio de tantas pessoas ao redor do mundo, ele pôde continuar suas atividades criativas por mais de 45 anos. Esperamos que o mundo único de criação de Akira Toriyama continue a ser amado por todos por muito tempo.”
Akira Toriyama é um dos mangakás mais influentes da história, conhecido principalmente por criar o icônico mangá e anime “Dragon Ball”. Seu legado vai além de apenas uma série de sucesso; ele revolucionou o gênero shonen e deixou uma marca indelével na cultura pop global.
Toriyama começou sua carreira em 1978 e alcançou fama com “Dragon Ball” nos anos 1980. Sua habilidade em criar personagens carismáticos, narrativas emocionantes e combates épicos cativou milhões de fãs ao redor do mundo. Além de “Dragon Ball”, ele também é conhecido por outras obras notáveis como “Dr. Slump” e “Chrono Trigger”.
O estilo único de desenho de Toriyama, com personagens distintamente angulares e expressões exageradas, influenciou gerações de artistas de mangá e anime. Sua contribuição para a indústria é inegável, e seu impacto continua a ser sentido até os dias de hoje.
Embora tenha se afastado do trabalho direto em “Dragon Ball” há algum tempo, o legado de Toriyama vive através de inúmeras continuações, adaptações, spin-offs e merchandising. Sua criação continua a inspirar novas gerações de fãs e artistas, garantindo que seu nome permaneça gravado na história do entretenimento por muitos anos ainda.
O anime mais famoso do ocidente, chegou ao Brasil em 1996 pela TV de Silvio Santos aos Sábados, isso mesmo, Dragon Ball passava no Sábado Animado (eu assisti muito no SBT) um tempinho depois mudou dos Sábados, para o programa Bom Dia & CIA, em 1997 estreava no Cartoon Network.
Em 1999 a continuação da saga agora passava na Band, de Segunda à Sexta-feira às 15:00 no bloco Sessão Dragon Ball Z, o sucesso foi tão grande que no ano seguinte a Band criava o programa Band Kids, que além de DBZ, passava outros animes marcando aquela geração.
Já em 2001, a Globo compra a saga de Majin Boo e leva DBZ para as manhãs no programa da Angélica Bambuluá, e aos Sábados era apresentado por Deborah Seco no bloco Festival de Desenhos, que logo depois viraria a TV Globinho, onde em 2002 é reexibido Dragon Ball, e Dragon Ball fase Freeza, e finalmente em 2003 era exibido Dragon Ball GT.
Anos depois o anime volta a ser exibido na Band na versão Dragon Ball kai, GT, e a versão mais recente Super nas madrugadas do canal.
Além desses canais, DBZ também foi exibido na Rede Brasil e Canal do Boi.
Você sabia que Akira Toryama criou um mangá especial homenageando o nosso herói Airton Senna?
Você já imaginou ver Goku, Gohan, Vegeta, Bulma e o pessoal todo se encontrando com… Ayrton Senna?
Pois isto já aconteceu, e não foi nenhuma invenção de algum fã de DBZ obcecado por Fórmula 1: foi o criador da saga quem desenhou tudo! Mas por quê?
Senna era um ídolo no Japão — quase tanto quanto aqui mas, se você perguntar a um japonês, ele dirá que gosta do Senna muito mais do que você. É, é assim. De qualquer forma, Senna era tão querido que, quando a Shonen Jump fechou um contrato para patrocinar a McLaren na Fórmula 1, a popularidade do esporte cresceu ainda mais na Terra do Sol Nascente, junto com a popularidade de Ayrton Senna.
E assim após 45 anos de carreira, chega ao fim a história desse gênio que mudou a história dos mangás, animes, e de nossas infâncias.
DBZ nos ensinou que disciplina, persistência, ser bom, humilde, reconhecer que sempre haverá alguém melhor ou mais forte que você, nos molda e ajudou a formar nosso caráter.
Para mim que pude ver o nascimento dessa obra no Brasil, escrever essa matéria me comove muito, pois me fez revisitar uma parte muito gostosa da minha infância, muito obrigado por esse legado Akira Toryama, e que seu trabalho dure e conquiste novas gerações sempre.
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