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nave da Nasa bate em asteroide hoje; assista

nave da Nasa bate em asteroide hoje; assista

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É hoje! Após uma jornada de dez meses pelo espaço, a missão Dart (Double Asteroid Redirect Mission) está prestes a colidir com o asteroide Dimorphos. O impacto está previsto para as 20h14 desta segunda-feira (26).

A Nasa vai jogar uma nave de mais de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bi) contra a rocha espacial como um teste de defesa planetária, para ver se conseguiríamos desviar um possível asteroide que estivesse perigosamente em direção à Terra.

É uma missão suicida: a nave vai ser completamente destruída. Mas o asteroide, não (ficará apenas com uma cicatriz, uma cratera em sua superfície) Se tudo correr como o planejado, ele será apenas empurrado, para mudar de trajetória. Será como um bilhar cósmico, em que a nave faz a vez de taco.

O mais legal é que tudo será transmitido ao vivo pela agência espacial e retransmitido por Tilt.

Teremos dois pontos de vista: o primeiro da câmera Draco (Didymos Reconnaissance and Asteroid Camera for Optical Navigation), que está a bordo da nave. Estas imagens começam às 18h30, para acompanharmos a aproximação a Dimorphos em tempo real.

Mas as imagens mais impressionantes devem ser registradas por um pequeno satélite italiano LICIACube, que viajou como passageiro da nave e se separou dela na última semana — ficará a uma distância segura e não será atingido pelo impacto.

Assim, todo o processo será registrado, inclusive a cratera de impacto que ficará na superfície do asteroide após a colisão — que pode ser maior ou menor, dependendo da “dureza” do asteroide.

A Nasa iniciará uma transmissão às 19h, com narração e comentários de especialistas:

O que vai rolar?

Dimorphos, de 160 m de largura, age como uma lua, orbitando um asteroide maior, chamado Didymos (780 m), em um sistema binário. Dart vai atingi-lo a uma impressionante velocidade de 22.015 km/h.

Inicialmente, a câmera Draco verá os dois asteroides e, em seguida, focará em Dimorphos — o sistema serve não apenas para nos transmitir imagens, mas também para guiar a nave, autonomamente, em direção ao alvo.

À medida em que Dart se aproximar da rocha espacial menor, a visão ficará cada vez mais detalhada, até a transmissão parar abruptamente ?— o momento da colisão.

Já o LICIACube observará o incidente a uma distância segura de cerca de 1.000 km. Após o impacto, ele dará zoom na superfície recém-aitngida, para explorar os efeitos em detalhes.

Ilustração mostra aproximação da missão Dart, com nave e satélite, ao sistema de asteroides

Imagem: Nasa

Efeitos imprevisíveis

Se o teste for bem-sucedido, a órbita de Dimorphos será “empurrada” para mais perto de Didymos — mas só saberemos o quanto nos próximos meses e anos, observando seu comportamento.

Como os cientistas sabem muito pouco a respeito do asteroide, não temos certeza de como ele responderá ao ataque de Dart. Ele pode ser tão macio quanto Bennu — e engolir a nave como um pântano — ou ser um pedaço sólido de rocha espacial, que a esmagará como uma latinha.

Por isso mesmo, o teste acontece bem longe da Terra, a 11 milhões de quilômetros, e em um ambiente controlado. Como os dois asteroides estão gravitacionalmente ligados, não há chances, por exemplo, de Dimorphos ser lançado desgovernado para o espaço ou de destroços nos atingirem.

Dimorphos coliseu - ESA - ESA

Asteroide Dimorphos comparado, em escala real, com o Coliseu de Roma

Imagem: ESA

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