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Outubro é um mês de transição na Terra: o calor chega ao hemisfério Sul e o frio vai se instalando no Norte. A mudança de estações vem acompanhada por belos fenômenos astronômicos. O grande destaque é a chuva de meteoros Orionídeas, uma das mais aguardadas do ano, que pode iluminar os céus com centenas de “estrelas cadentes”.
Todos os eventos listados aqui são visíveis a olho nu, de todo o Brasil. Um site ou app de astronomia (como Skywalk, Starchart, Sky Safari ou Stellarium) são úteis para apontar a posição dos objetos e mostrar os melhores horários de visibilidade em sua região.
5/10: Conjunção da Lua e Saturno
8/10: Conjunção da Lua e Júpiter
8/10: Mercúrio na elongação máxima a Oeste
Dos cinco planetas visíveis a olho nu, Mercúrio é o mais difícil de se observar. Nesta semana, porém, ele alcança sua elongação máxima a Oeste, e você poderá ter um dia de sorte. Mas é preciso acordar bem cedo: ele estará visível logo antes do Sol nascer, durante um pequeno período.
Olhe para leste (direção que o Sol nasce), entre 5h e 5h50 da manhã, com o céu ainda escuro. Preste muita atenção e procure uma pequena estrela com brilho fixo, pouco acima do horizonte. Mercúrio estará nascendo logo acima do Sol — orém, quando nossa estrela chegar, ofuscará o seu brilho e não será mais possível vê-lo.
Se não conseguir ver, repita nos próximos dias, que também são boas chances de observação.
8/10: Pico da chuva de meteoros Draconídeas
A primeira chuva do mês atinge seu pico na noite entre os dias 8 e 9. Mas, infelizmente, será muito difícil de observá-la.
Além de ser naturalmente mais fraca, com cerca de 10 meteoros por hora, a Dracônidas é mais visível do hemisfério Norte – nos estados brasileiros mais próximos do Equador, nas regiões Norte e Nordeste, há chances de ver alguns. Porém, a lua quase cheia prejudicará ainda mais as observações.
Esta chuva ocorre quando a Terra, em sua órbita, atravessa uma trilha de pequenos detritos deixados pelo cometa 21P/Giacobini-Zinner, que entram em nossa atmosfera gerando os fenômenos luminosos chamados de meteoros — as populares “estrelas cadentes”.
9/10: Lua Cheia (Lua do Caçador)
A Lua cheia de outubro acontece no segundo domingo do mês, dia 9. Como sempre, uma ótima oportunidade para observá-la e fotografá-la em sua fase mais exuberante.
Ela nasce a leste, pouco após as 18h, junto com o pôr do Sol — quem tiver uma vista desobstruída poderá admirar os dois fenômenos simultaneamente, um em cada lado do céu.
A Lua ficará visível durante toda a noite, atravessando o firmamento de um lado ao outro.
Tente admirá-la na primeira hora após nascer, bem próxima ao horizonte, pois efeitos ópticos fazem com que apareça ainda maior, por conta da perspectiva com referenciais terrestres (como prédios e árvores), e apresente belas variações de tonalidade, devido à interação com a atmosfera.
O dia seguinte também é uma ótima oportunidade de observação, com nosso satélite ainda com 100% de iluminação. Mas nascerá um pouco mais tarde, por volta das 19h.
A Lua cheia de outubro é conhecida pelos povos nativos norte-americanos como Lua do Caçador, por ser a primeira após o início do outono (no hemisfério Norte). Esta época era tida como um momento ideal para caça, inclusive para estocar carne seca para o inverno que se aproximava.
15/10: Conjunção da Lua e Marte
21/10: Pico da chuva de meteoros Orionídeas
Fechando outubro com chave de ouro, temos uma das mais aguardadas chuvas de meteoros do ano, gerada por resquícios do cometa Halley. Ela atinge seu pico na madrugada entre os dias 21 e 22 de outubro, e pode ser vista a olho nu de qualquer parte do Brasil — basta um céu limpo.
Ela promete um belo espetáculo, com até 30 meteoros por hora. A Lua, na fase minguante, estará bem “fininha” e com pouco brilho — o que ajuda mais as observações.
O melhor horário para ver é depois da 2h. Os meteoros parecem convergir na constelação de Órion (onde ficam as icônicas “Três Marias”), que surge no horizonte por volta das meia-noite. Mas não precisa fechar sua visão nela; eles podem surgir de qualquer ponto ao redor.
*Bônus – 25/10: Eclipse Solar parcial
Infelizmente, este eclipse não será visível do Brasil, nem parcialmente. Mas deixamos aqui para você se preparar para as belas imagens que devem ser divulgadas — e também para o caso de estar viajando por algum dos lugares mais sortudos.
O fenômeno será visto pela manhã, em quase toda a Europa, na Rússia, no Norte da África, no Oriente Médio e no Sudoeste asiático.
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