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No passado geológico, a Terra era muito quente. Os cientistas calculam que ela se originou há cerca de 4,6 bilhões de anos, após uma grande explosão. Com o passar do tempo, houve um resfriamento lento e gradual, mas seu interior, rico em ferro e níquel, ainda guarda bastante calor.
A radioatividade – ou seja, a emissão espontânea de partículas radioativas pela desintegração de isótopos que existem em minerais e rochas do interior da Terra – também explica o calor no interior do planeta.
A crosta terrestre, a camada que envolve o planeta – e onde habitam todos os seres – é a mais fina do planeta.
Essa camada é dividida em oceânica, com altitudes que variam entre 5 e 10 quilômetros, e continental, com espessura de 30 a 80 quilômetros (sendo que a maior parte desse volume está abaixo do nível do mar).
Abaixo da crosta está o manto, com profundidades que vão de 30 quilômetros abaixo da superfície até 2.900 quilômetros rumo ao núcleo. As temperaturas internas podem chegar a 2.000 ºC, ponto que derrete rochas e dá origem ao magma que os vulcões expelem.
Por fim, existe o núcleo, do qual não se sabe exatamente a composição. Ele é dividido em duas camadas: externa, que se encontra em estado líquido, e interna, que é sólido, por conta da pressão do planeta sobre ele.
Os especialistas calculam que o núcleo da Terra tenha cerca de 5 mil graus Celsius, embora pesquisadores do Laboratório Europeu de Radiação Síncroton (ESRF, na sigla em inglês) defendam que a estimativa mais precisa é de 6.000 graus. Até hoje, nenhuma sonda alcançou o núcleo do planeta, então, por enquanto, ficamos no campo das estimativas.
Com o passar do tempo, o núcleo terrestre vai esfriar completamente, daqui a alguns bilhões de anos. Quando esse resfriamento total ocorrer, o campo magnético que protege a Terra vai diminuir muito ou até mesmo se extinguir. Sem essa proteção, a radiação solar vai acabar com a nossa atmosfera.
Fontes: Alexandre Uhlein, professor e pesquisador do departamento de geologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Norberto Sgarbi professor e pesquisador do departamento de geologia da UFMG.
*Com texto de Tatiana Pronin
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