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Reprise de “Topíssima” é considerada um sucesso e RecordTV pode se arrepender com série substituta

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A Record TV arriscou ao recrutar a reprise da recente Topíssima para a faixa das 22 horas. Afinal, trata-se de uma novela ainda bastante fresca na memória do público da emissora, o que poderia afugentar a audiência. Mas, na prática, a emissora conseguiu conquistar um novo público para a obra, colocando-a num horário menos concorrido.

Com isso, Topíssima vem conseguindo registrar excelentes índices de audiência. A saga de Sophia (Camila Rodrigues), que é uma boa mistura entre romance e tramas policiais bem ao estilo de Cristiane Fridman, revitalizou um horário de dramaturgia que estava adormecido.

Ou seja, Topíssima sinalizou que há um público em potencial para novelas contemporâneas neste horário mais avançado. Não por acaso, os principais sucessos da emissora na fase áurea de sua dramaturgia, entre 2006 e 2010, foram exibidas na faixa das 22 horas. Sendo assim, o canal devia aproveitar a boa fase e seguir apresentando seus folhetins neste horário.

No entanto, a direção da Record optou por substituir Topíssima pela coprodução EUA – Canadá ‘Quando Chama o Coração’, que estreia no próximo dia 25. Trata-se de uma produção de época que conta a história de uma professora que tenta mudar o povoado onde vive. Quando anunciou esta estreia, a emissora avisou que a produção traz mensagens “edificantes”.

Ou seja, o canal aposta nesta proposta de uma dramaturgia com mensagens alinhadas à proposta da própria dramaturgia bíblica. Mesmo que não seja uma novela inspirada na Bíblia, a série canadense é considerada, pela direção da emissora, um produto capaz de atender ao seu público que consome suas novelas inspiradas no livro sagrado.

Trata-se de um erro de estratégia. Por mais qualidades que a série possa ter, o público do horário tende a rejeitar produções estrangeiras, preferindo consumir novelas produzidas no país. Com isso, a tendência é que o bom público conquistado por Topíssima venha a se diluir.

É louvável a tentativa da Record de substituir uma reprise por uma produção inédita, mesmo que importada. Mas uma série canadense dificilmente terá o apelo popular de uma novela, formato mais aceito pelo público mais conservador. É uma aposta arriscada do canal, que pode colocar a perder tudo o que a reprise de Topíssima conquistou.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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