Se há um programa que é sinônimo de um humor caricato, ingênuo e quase circense, um verdadeiro fenômeno que perdurou ao longo de 30 anos na televisão brasileira, é “Chaves”.
“Chaves” sempre foi a atração coringa do SBT, em momentos de baixa audiência da emissora. Bastava tirar o garoto da vila do fundo de seu barril para que a audiência correspondesse. Tanto é verdade que muitos críticos de televisão afirmavam que o canal de Silvio Santos não seria o mesmo sem o menino da vila e seu dono. Por incrível que pareça, muitas dessas críticas acertaram em cheio.
Com certeza, hoje a direção do SBT deve sentir saudades de “Chaves” e mal pode esperar para que a Televisa Univision recupere os direitos da atração e volte a ser exibida na emissora. Isso, pelo menos, daria um respiro para a audiência do canal, como diz o lema do Chapolin, “quem poderá nos salvar”.
Uma coisa é fato! “Chaves” não era um fenômeno à toa, era uma das atrações mais amadas pelo grande público. O programa tinha um humor ingênuo que despertava a criança dentro de cada um, arrancando risos com suas trapalhadas e das pessoas de sua vila. Mesmo sendo feito de maneira simples e com um elenco modesto, conseguia cativar nossa imaginação, nos fazer rir, voltar a ser crianças e nos distrair, mesmo assistindo inúmeras vezes.
Hoje, infelizmente, na televisão não temos mais programas com essa pegada ingênua, que nos faz rir e ser crianças novamente, mesmo sendo adultos. Temos novelas com belas imagens, é verdade, mas muitas vezes com histórias sem sentido, que não nos emocionam nem servem para nos distrair em momentos de descontração. Essa doçura que o programa tinha, que nos deixava com gostinho de quero mais, não encontramos com tanta frequência nas atrações atuais da televisão.
Por isso, talvez, nesse momento, o menino atrapalhado e órfão da vila faça falta na televisão, tanto para os telespectadores quanto para o retorno de audiência do SBT.
Talvez seja essa simplicidade do “Chaves”, com uma história comum, sem muitas pretensões e cheia dos clichês que os diretores das grandes redes de televisão devam começar a observar. Entender que o público simplesmente quer se emocionar, rir, se ver, sonhar e ver as coisas de forma simples, sem muitas complicações apenas se descontrair e se divertir sem muita pretensão, que há tempos não vemos na televisão, constantemente buscamos na internet.
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