Conhecido pelo bom humor e por não ter papas na língua ao expressar opiniões, o empresário e apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, protagonizou o décimo oitavo episódio do podcast do Grupo MF Rural.
Em entrevista a Roberto Fabrizzi Lucas e Walter Celani Júnior, Ratinho revelou detalhes sobre a sua trajetória de sucesso até se tornar um grande empresário da comunicação, conquistas que muito tem a ver com o agronegócio. “Meu pai sempre dizia, quem compra terra não erra” comentou.
Produtor rural de mão cheia, dono de fazendas de café, soja, gado e, mais recentemente, atuando no mercado de créditos de carbono, as maiores propriedades de Ratinho estão no Acre e somam 180 mil hectares. “Não recebi nada ainda [ crédito de carbono], mas tenho esperança”, brincou.
Por lá, a única atividade comercial realizada foi a extração de Óleo da Copaíba, na qual se viu obrigado a cessar um negócio até então lucrativo e sustentável. A área é cortada por estradas de asfalto e acabou entrando no radar de criminosos madeireiros. Faltou amparo do governo para garantir segurança.
Ao construir patrimônio com operações no campo, rede de hotéis e franquia de clínicas odontológicas, além de seis populares canais de comunicação, o empresário relatou já não ter ambição de investir em novos negócios, apesar de balançar a respeito de oportunidades na armazenagem de grãos, devido ao aumento de produtividade apresentado pelas lavouras brasileiras. “Aonde vamos armazená-la [a produção] daqui a dez anos? Mas é um negócio caro. Eu teria de sair de um outro para montar isso”, comentou.
Sua visão é otimista em relação ao setor primário, que coloca o Brasil nos holofotes do mundo inteiro. Aproveitou ainda para criticar possíveis rusgas de outras esferas com o agronegócio, os países que se apoiam em fragilidades do setor para lançar mão de medidas protecionistas e a controversa influência das ONGs na região amazônica.
“Você vê ONGs no Nordeste? Não tem nenhuma porque lá não tem por onde tirar dinheiro, não tem índio para preservar, não tem minério. Agora, você vai na Amazônia, é uma ONG para cada índio. É da Noruega, da Alemanha, da França, da Inglaterra… As ONGs e o narcotráfico dominam a Amazônia. Agora, se todos esses países que dizem querer preservar a Amazônia dessem a verba realmente…”, discorreu o apresentador.
Ratinho reage a boatos sobre o SBT
Uma de suas falas ultrapassou as fronteiras da Internet, com algumas plataformas de comunicação fazendo emergir rumores de que o SBT esteve à venda.
Em um certo trecho da conversa, Ratinho falava sobre situações que levam muitas pessoas à falência, como vícios em jogatinas e ingresso em um mau negócio, momento em que citou o exemplo de ter recusado uma oferta de uma emissora de televisão ofertada por R$ 350 milhões, na época. “Eu teria de vender tudo para comprar. E se não der lucro? Não comprei porque não era do meu tamanho”.
E sobre a susposta venda do SBT, reagiu: “O SBT nunca esteve à venda, o Silvio nunca vai vender o SBT, as filhas dele não vão vender. São apaixonadas pelo SBT como o pai. E cadê o dinheiro para comprar? O SBT vale R$ 5 bilhões.”
De concreto mesmo é que Ratinho tem um grupo de comunicação formado por seis geradoras do SBT no Paraná, com oito horas de programação local, além das 76 emissoras de rádio (próprias e afiliadas) distribuídas em várias regiões. “Quero ter a maior rede de emissoras de rádio do Brasil, hoje somos a segunda. A rádio é a nova televisão, a companheira, com programas sendo oferecidos em vários formatos”, informou.
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