Olá nobres. O fortalezense Carlos Alberto Amaral começou cantando em boates na década de 60, sendo ator e exercendo a profissão de radialista desde 1965 e atuando como locutor e narrador em 1970. Depois se formou em Jornalismo e passou a trabalhar na Rádio Tupi. Substituiu o ilustre e também saudoso Francisco Borges no seriado Flashman a partir do episódio 11( “A Mãe do Monstro” ). Dali pra frente ele correu pro abraço, pois narrou e dirigiu muito dos Tokusatsus exibidos na TV aberta do Brasil pela TVs Manchete e Band.
Seu timbre de voz forte e grave marcou uma geração aficcionada pelos heróis japoneses através das empresas Everest Video, Top Tape e Ouro Films em parceria com o estúdio de dublagem Álamo. Vale ressaltar que o nobre locutor/narrador também fez dublagem esporádicas de alguns personagens dos seriados japoneses. Após o fim da febre em 1992, exatamente como eu disse ontem na 1ª parte deste Especial, a voz de Carlos Alberto Amaral desapareceu do cenário da dublagem. Anos se passaram e lá estava o Carlos A. Amaral trabalhando numa rádio de São Jospe dos Campos/SP. E nos últimos anos de vida, Carlos Alberto Amaral trabalhou como âncora do Jornal da Manhã de São José dos Campos que também era conhecida como Rádio Eldorado. Ele trabalhou lado de Lando Brito e Florivaldo Rocha e assimprestavam serviços à comunidade e se inteiravam de tudo o que acontecia na cidade, e botavam em pauta – em sua maioria – os assuntos políticos, sempre buscando alertar o cidadão das atitudes do poder público do Município.
No inverno de 2009, Amaral adoeceu por causa de uma forte gripe, que atacou seus pulmões. E foi uma gripe mal curada, daquelas que não chegam a sarar e voltam com maior intensidade. Paralelo à doença “sem importância”, havia o fato de que ele fumava demais. Demais mesmo. O médico já havia alertado sobre o risco do excesso do cigarro em sua vida, mas ele se negava a abandonar a nicotina. Era um fumante inveterado, incapaz de controlar seu vício. Fumava, inclusive, nos pequenos intervalos de dois à três minutos do programa, que era o suficiente pra ele se aproximar da janela do estúdio e acender mais um, conta Florivaldo. “Ele mesmo dizia que preferia morrer do que parar de fumar. Que ele não abdicava do prazer do vício”. E no dia 19 de Novembro de 2009 partia desse mundo o lendário narrador dos seriados japoneses. Sua foto foi compartilhada no Especial TBT Rádio 1ª parte e agora vou deixar com vocês o registro da voz marcante deste grande comunicador nascido no Ceará e que ganhou o Brasil com seu enorme talento. Essa foi a nossa homenagem ao ilustre Carlos Alberto Amaral.
Foto: Arquivo Pessoal
COLUNA TELEVISANDO/Criação e Texto: Luís Rodrigues. Fonte: Blog do Ivan Betarelli.
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