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A tentativa da Nasa de tentar desviar a trajetória de um asteroide é um ensaio geral para situações similares. O Dismorphos não representa risco, mas pode chegar o dia que um corpo vindo de fora da Terra realmente nos ameace.
Por isso, a missão da agência espacial americana, batizada de Dart, estuda o melhor jeito de desviar o asteroide. Desta vez, uma sonda do tamanho de um carro foi enviada ao espaço para atingir a rocha a 11 milhões de quilômetros da Terra, tentando desviar sua trajetória.
A Nasa envia Dart contra Dimorphos a uma velocidade de 22 mil km/hora, testando a capacidade da sonda de alterar a trajetória do asteroide pela energia cinética.
Os cientistas podem criar impactos em miniatura em laboratórios e usar os resultados para criar modelos sofisticados de como desviar um asteroide, mas esses modelos são baseados em suposições imperfeitas, por isso a motivação para realizar um teste no mundo real.
O teste é considerado histórico, porque, pela primeira vez, a humanidade mudará o movimento de um corpo celeste natural no espaço.
Cientistas afirmam que estas rochas são um “laboratório natural ideal” para o teste porque os telescópios baseados na Terra podem medir facilmente a variação de brilho do sistema Didymos-Dimorphos e calcular o tempo que Dimorphos demora para orbitar seu “irmão maior”.
Sua órbita nunca se cruza com o nosso planeta, o que proporciona uma forma segura de medir o efeito do impacto.
Andy Rivkin, chefe da equipe de pesquisas de Dart, revelou que o período orbital atual é de 11 horas e 55 minutos. A equipe espera que o impacto reduza em 10 minutos a órbita de Dimorphos.
É uma mudança muito pequena, mas pode ser tudo o que precisamos para desviar um asteroide que colide com a Terra.
“O que estamos tentando aprender é como desviar uma ameaça”, disse o cientista-chefe da Nasa, Thomas Zuburchen, em uma coletiva de imprensa sobre este projeto inédito de US$ 330 milhões.
Atualmente, a agência lista pouco mais de 27,5 mil asteroides de todos os tamanhos próximos à Terra e “nenhum deles representa uma ameaça nos próximos cem anos”, assegurou Zurbuchen.
A princípio, os asteroides não representam uma ameaça, mas pertencem a uma classe conhecida como Objetos Próximos à Terra (NEOs, em inglês). São asteroides e cometas que se encontram a menos de 50 milhões de quilômetros do nosso planeta.
O Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da Nasa foca seu interesse nos corpos celestes maiores que 140 metros, já que estes têm o potencial de devastar cidades ou regiões inteiras, com uma energia muitas vezes maior do que a de bombas nucleares.
Estima-se que existam cerca de 10 mil asteroides próximos à Terra com esse tamanho, mas nenhum representa uma chance significativa de impacto nos próximos cem anos. Mas também acredita-se que apenas 40% desses asteroides foram localizados até o momento.
Há alguma incerteza sobre a quantidade de energia que o impacto irá gerar, pois se desconhece a composição interna e a porosidade deste pequeno satélite.
Quanto mais detritos gerar, mais impulso Dimorphos terá.
A nave espacial Dart, que também significa “dardo” em inglês, contém instrumentos sofisticados de navegação e obtenção de imagens, como o CubeSat, da Agência Espacial Italiana, que observará o impacto e seus efeitos posteriores.
A trajetória do Didymos também pode ser sutilmente afetada, mas isso não alteraria significativamente seu curso, nem colocaria em risco a Terra, também de acordo com os cientistas. (Com agências internacionais)
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