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Vestindo um look azul etéreo inspirado em divindades aquáticas, a drag queen Blu Hydrangea causou surpresa em um evento recente na galeria de arte 180 The Strand, em Londres. Ela está acostumada com os aplausos: foi a grande vencedora do reality show RuPaul’s Drag Race UK vs. the World, um fenômeno mundial.
Mas havia uma diferença importante. O desfile não aconteceu apenas em uma passarela comum. Quando observada por meio de um celular ou tablet com realidade aumentada, sua roupa ganhava tentáculos com uma fluidez impossível na vida real.
O show Queens of the Metaverse (“Rainhas do Metaverso”) usou realidade mista para mostrar que, por mais criativas que as drags e seus estilistas já sejam, elas podem ser ainda mais exuberantes nas possibilidades infinitas da moda digital.
Blu dividiu os holofotes com Tia Kofi, cantora pop e estrela da segunda temporada de RuPaul’s Drag Race UK, e Adam All, um drag king de renome mundial. Na plateia, outras drag queens britânicas e vários criadores digitais LGBTQIA+.
Mas o mais curioso é que os figurinos que elas usaram foram criados primeiro no mundo virtual (o Horizon Workrooms, um dos espaços de metaverso criados pela Meta) e depois transformado em roupas físicas.
Os looks
Cada designer recebeu um desafio. Christie Lau, estudante não-binária da Central Saint Martins focada em moda digital, precisou criar um “Superterno do Supeverso” (em tradução livre) para Adam.
Segundo o site Mashable, Lau estudou as performances do artista com o objetivo de transmitir sua performance de palco “incrivelmente animada” para a roupa. Lau também se inspirou em desenhos clássicos como Looney Tunes, extraindo padrões art deco, estampas e cores para completar o visual.
“Podemos projetar coisas sem a física do mundo real”, disse ao Mashable. “Você está criando seu próprio mundo no qual seu design existe. Isso é incrivelmente poderoso”.
Nwora Emenike, estilista queer também não-binária, ficou responsável pelo modelo de Blu Hydrangea. O tema era “Paisagem Onírica de Fantasia”. Além das deidades aquáticas, elu também se inspirou em no mercúrio líquido (único metal encontrado líquido em seu estado natural) e na música Water, da cantora Kehlani.
“A conexão [entre o mundo drag e a tecnologia] é a inovação. Drag ultrapassa os limites e muda as percepções do que você acha que é possível com a identidade humana”, afirmou. “Com ambos, você pode transformar a identidade e criar uma fantasia”.
Sal Mohammed, drag queen de gênero fluído, foi a única pessoa convidada que não era designer por profissão: elu trabalha no sistema de saúde público britânico. No entanto, criou um vestido com o tema “Deusa Intergaláctica” para Kofi. As recentes fotos tirada pelo telescópio James Webb, da Nasa, foram algumas de suas referências.
“Embora esteja claro que o metaverso está em seus estágios iniciais, fiquei impressionada em ver como talentos criativos, designers e técnicos queer estão trazendo seu poder de estrela para o desenvolvimento ddessa tecnologia”, disse Kofi em seu artigo para o jornal britânico The Independent.
Veja o vídeo do evento:
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