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Hoje (26), às 20h14, aconteceu o momento mais histórico e crucial da missão Dart (Double Asteroid Redirect Mission): a Nasa conseguiu jogar uma nave espacial em um asteroide. A colisão, a 22.000 km/h, foi um sucesso — mas ainda levará um tempo para sabermos se teve os resultados esperados.
A nave foi, provavelmente, completamente destruída — sabíamos que seria uma missão suicida. O asteroide Dimorphos, também como previsto, deve ter ficado apenas com uma “cicatriz” (uma cratera em sua superfície).
Se tudo correu como o planejado, ele foi “empurrado”, como em um jogo de bilhar cósmico, e mudou levemente de trajetória. Mas só confirmaremos se (e quanto) sua órbita foi alterada com observações nas próximas semanas e meses.
Este foi o primeiro teste real de defesa planetária da nossa história. O objetivo é, basicamente, ver se conseguiríamos, com esta técnica, desviar um possível asteroide que estivesse perigosamente em direção à Terra.
Tudo foi transmitido ao vivo, com impressionantes imagens do espaço registradas pela câmera Draco (Didymos Reconnaissance and Asteroid Camera for Optical Navigation), que estava a bordo da nave e também foi destruída. Pudemos ver a superfíce do asteroide, com suas rochas e texturas, em detalhes.
Quem perdeu pode assistir a incrível aproximação aqui:
Mais imagens devem ser divulgadas pela Nasa nas próximas horas ou dias, registradas por um pequeno satélite italiano LICIACube, que viajou como passageiro da nave e se separou dela na última semana, ficando a uma distância segura do impacto. Ele sobreviveu para contar história e deve ter filmado todo o processo, inclusive a cratera de impacto que ficou na superfície do asteroide.
Defesa planetária
Uma mudança muito pequena de trajetória pode ser suficiente para evitar uma colisão devastadora. Segundo a Nasa, o período orbital atual de Dimorphos é de 11 horas e 55 minutos. Espera-se que ela tenha sido reduzida em 10 minutos.
A agência espacial tem uma lista com cerca de 27,5 mil asteroides de todos os tamanhos próximos à Terra, mas “nenhum deles representa uma ameaça nos próximos cem anos.”
A um custo de mais de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bi), a missão Dart havia sido lançada em novembro do ano passado.
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