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veja casos do Banco do Brasil, Bradesco e Itaú

veja casos do Banco do Brasil, Bradesco e Itaú

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Na última quinta (22), a reunião pública do Banco do Brasil com seus investidores, analistas e clientes começou de um jeito diferente. Quem aparecia na tela não era o presidente da instituição, Fausto de Andrade Ribeiro, mas sim seu avatar (bem parecido com ele, aliás). Nos minutos seguintes, ele apresentou um breve tour pelas instalações do BB no metaverso.

Não foi um passeio “ao vivo” – era um vídeo pré-gravado. Mas foi o suficiente para mostrar como o metaverso está cada vez mais assumindo um papel central na estratégia dos bancos. Senão do ponto de vista operacional, certamente do ponto de vista do marketing.

A coluna foi ver de perto as experiências de Itaú, Bradesco e Banco do Brasil.

No caso do BB, a reunião de resultados pode ser acompanhada de dentro do Teatro BB, um dos espaços disponíveis no metaverso do banco. Bastava a pessoa se cadastrar no evento e também criar seu avatar (pelo navegador do computador mesmo). Você podia escolher vários tipos de corpos masculinos e femininos, cabelos, peles e roupas.

O teatro tinha uma imagem de plateia e uma tela que podia ser ampliada, exibindo a mesma apresentação disponível fora do metaverso. Mais de mil pessoas ingressaram no espaço, entre elas Paulo, um dos colunistas.

Pedro, o outro autor desta coluna, tentou e encontrou a mensagem de que a lotação estava esgotada, o que parece um contrassenso em um território digital. A assessoria do banco negou que houvesse um limite de público e atribuiu o problema a uma questão técnica momentânea.

Não houve qualquer possibilidade de interação —a tela simulava uma plateia, mas no palco havia apenas uma tela reproduzindo o que estava sendo filmado no evento ao vivo.

A fala do presidente Fausto de Andrade Ribeiro procurou mostrar que o BB está se renovando rapidamente, buscando aproximar-se do público jovem e, nesse movimento, todas as decisões e ações do banco seriam baseadas em ciências de dados, tecnologia e até inteligência artificial. Em agosto, o banco lançou um novo aplicativo, mais robusto. Oito milhões de usuários acessam diariamente o ambiente digital do BB.

O metaverso do BB tem vários ambientes, mas não há como pular de um para outro, como seria previsível dentro da lógica desse tipo de ambiente —é necessário voltar para o mapa do território, escolher um novo local e entrar novamente.

Mapa com os diferentes ambientes do metaverso do Banco do Brasil

Imagem: Reprodução

Nos painéis apresentados por vice-presidentes, destacou-se o fato de que o banco já manipula dois bilhões de dados e utiliza inteligência analítica e artificial para conhecer melhor os clientes e oferecer serviços mais apropriados.

O primeiro movimento do BB no metaverso aconteceu em dezembro de 2021, com a entrada no GTA RP. Em um servidor do GTA foi disponibilizado um ambiente virtual do BB, semelhante ao espaço-conceito localizado no CCBB do Rio de Janeiro e uma gamebox. A partir disso, o jogador do GTA poderia fazer simulações de investimentos em alguns fundos (de forma virtual) e dirigir um carro forte.

Esse primeiro projeto alcançou 5.837 usuários únicos, sendo 33% influenciadores de grande relevância e obteve 2,3 milhões de visualizações mensais no primeiro semestre de 2022. Na simulação de investimentos, 1.222 jogadores investiram, gerando mais de R$ 41 milhões em rendimentos de forma virtual.

O banco criou ainda uma plataforma no Roblox, um jogo que é visto como uma espécie de pré-metaverso. O foco inicial do BraBlox, já disponível, são crianças entre sete e 12 anos. Foi realizado um pré-lançamento na Febraban Tech, em agosto e já registra 4,200 acessos, mas só será oficialmente lançado em outubro.

No BraBlox, o gamer pode caminhar por um mapa com monumentos e belezas naturais representativas das diversas regiões do Brasil, com guias apresentando informações de cada um desses pontos turísticos, e lá passar por experiências em esportes patrocinados pelo BB como skate, surfe, vôlei e corrida de rua.

Além disso, existem dinâmicas envolvendo sustentabilidade com painéis solares para iluminar uma agência do BB e outras atividades para trazer maior diversão e engajamento ao jogo.

Piano no metaverso do Bradesco

O movimento do Bradesco acontece numa empresa do grupo, a Digio, um banco múltiplo que tem 4,2 milhões de clientes e só opera digitalmente. Começou antes mesmo da pandemia, que acelerou o processo.

Dispostos a ampliar o trabalho híbrido, presencial e à distância, antes feito via Microsoft Teams, a empresa acabou desenvolvendo um escritório virtual baseado na plataforma Gather Town, que simula o verdadeiro e pode ser acessado de qualquer lugar, a partir de um simples notebook.

Parece um game antigo, 2D e permite que os 430 funcionários, apelidados de Digiolovers, assumam bonequinhos e circulem pelos espaços do ambiente de trabalho.

Bradesco Digio escritório virtual  - Reprodução - Reprodução

Ambiente virtual da Digio, o braço do Bradesco no metaverso

Imagem: Reprodução

Podem usar as salas de reunião, parar para tomar café, andar pelo espaço, interagir com eventuais pets (sim, eles são permitidos no espaço virtual) conversar com os colegas (e quem passa em volta ouve apenas um burburinho, se não estiver no papo), jogar confete sobre outros bonequinhos e até tocar piano.

A história do piano é curiosa: como a Digio estimula que sua equipe apresente outras habilidades, além das que a função demanda, alguém simplesmente colocou um piano de cauda virtual na plataforma. E a iniciativa fez sucesso.

As mesas de trabalho, como as de antigamente em escritórios de verdade, são fixas e comportam adereços e objetos pessoais, coisa que na Digio física não é mais aceito, pois com o trabalho híbrido os funcionários passaram a ter de deixar seu espaço de trabalho vazio, como o encontraram.

A equipe de tecnologia trabalha o tempo todo nesse espaço virtual. Os outros funcionários alternam trabalho presencial no escritório de Barueri, na Grande São Paulo, e à distância.

A empresa designou alguns funcionários como “embaixadores”, encarregados de envolver o restante da equipe, tirar dúvidas e estimular o engajamento na plataforma de trabalho virtual.

Valéria Barbosa, gerente de gente e gestão, explicou para a coluna que a experiência começou em julho e, por isso, ainda não há métricas para avaliar o engajamento, mas considera que os resultados são positivos.

Por enquanto, o foco da Digio no que podemos entender como metaverso ou algo parecido, é seu público interno. Os 4,2 milhões de clientes que utilizam o serviço por meios digitais segue com as ferramentas normais, digamos.

Bradesco Digio escritório real - Divulgação - Divulgação

Escritório da Digio no “mundo real”, localizado na Grande São Paulo

Imagem: Divulgação

Itaú e empresas voltadas ao metaverso

Em agosto, o Itaú lançou seu primeiro produto focado no metaverso, o Certificado de Operações Estruturadas (COE) Autocall Metaverso. A partir de R$ 5.000 com foco em empresas com soluções voltadas a esse novo ambiente virtual.

Quatro empresas foram selecionadas inicialmente: Intel, fabricante de chips e processadores; Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp); Roblox e Matterport, especializada em digitalização espacial.

Há um mecanismo que permite recuperar o valor investido em cinco anos, compensado por uma espécie de “teto” nos eventuais ganhos.

Em outro campo, em julho, o Itaú Cultural abriu inscrições para apoiar, fomentar e mapear trabalhos artísticos brasileiros destinados ao metaverso. Os projetos deveriam estar em fase de desenvolvimento e ter como foco a arte e a cultura brasileiras.

Moral da história

Os bancos não estão dispostos a ficar de fora de um mercado que algumas previsões estimam, chegará a US$ 500 bilhões dentro de seis anos.

Mas, até agora, parecem estar testando a água como muitos de nós. Ainda é cedo para saber qual será o papel, se é que terão papel, no real mercado do metaverso, pois esse terreno tem estruturas de pagamentos e transações próprias.

Apostas de metaversos como o Decentraland são de que os bancos, até então intermediários financeiros, darão lugar a sistemas descentralizados, baseados em criptomoedas, onde as transações são organizadas pela própria ‘blockchain’.

Mas obviamente esses gigantes que existem desde 1406 vão continuar em busca de se reinventar.

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